Histórico
O Curso de Licenciatura Formação de Professores Indígenas “foi aprovado pelas instâncias superiores da UFAM – Câmara de Ensino de Graduação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONSEPE, tendo sido criado pela Resolução 010/2007, de 18/04/07, vinculado à Faculdade de Educação/FACED” (UFAM, 2012 apud Santos, 2018), tendo sido a primeira licenciatura intercultural indígena específica a ser ofertada pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. A primeira turma foi aprovada na Câmara de Ensino de Graduação – CEG, com o nome de Licenciatura Intercultural Indígena Mura, ainda no ano de 2007, mas o Curso só foi implantado em 2008, no município de Autazes – AM.
A construção do Projeto Pedagógico do curso foi feito durante a implementação da primeira turma e, segundo Santos (2018), o “Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura Formação de Professores Indígenas foi aprovado por meio da Resolução n. 08/2013-CEG/CONSEPE, de 26 de fevereiro de 2013 e foi regulamentado pela Resolução n. 09/2013-CEG/CONSEP, de 26 de fevereiro de 2013”. Este projeto foi revisado para dar conta de novas turmas a serem criadas e, segundo Santos (2018) a “ampliação motivou um “processo de protagonismo compartilhado, tendo como principais sujeitos os próprios professores e lideranças indígenas, representadas por suas organizações e os professores da UFAM [...]”
Em 2011, há a ampliação da oferta do Curso com a criação de 2 novas turmas, com a oferta de 60 vagas para cada turma. No município de Borba – AM, é iniciada a turma Munduruku; e no município de Maués – AM, é iniciada a turma Sateré-Mawé. Em atenção à diversidade de povos e ampliação do Curso, houve a necessidade de modificar o nome e este passou a se chamar “Formação de Professores Indígenas” (Resolução 041/2009).
Em 2013 ocorre a formação da primeira turma do Curso, com a cerimônia de colação de grau de 48 indígenas do povo Mura. Entre 2014 e 2018, mais 5 remanescentes da turma Mura concluíram o Curso, totalizando 53. Em agosto de 2014, o Curso recebeu a visita in loco de uma Comissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Ministério da Educação – INEP/MEC. Nesse processo, o Curso de Licenciatura Formação de Professores Indígenas foi bem avaliado e recebeu nota 4. Em 30 de outubro de 2014, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior reconhece o curso (Portaria 617/2014).
Ainda em 2014 foi ofertada uma nova turma do Curso, com 60 vagas, como resposta às reivindicações de povos indígenas da região do Médio Solimões, contemplando seis municípios (Tefé, Alvarães, Coari, Uarini, Fonte Boa e Maraã). O Processo Seletivo Simplificado foi realizado no município de Tefé – AM e a turma funciona nas dependências do Centro de Formação de Professores Indígenas, Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas – FAEXP/UFAM. Essa turma encontra-se em fase de finalização dos módulos de disciplinas e a previsão é concluir o Curso até dezembro de 2019.
A partir de 2015, o Curso ampliou a oferta de novas turmas e a diversidade de povos foi ainda maior. Nesse ano, iniciam-se os processos de criação de 4 novas turmas, são elas: Alto Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira; Lábrea, no município de mesmo nome; Alto Solimões, no município de Benjamin Constant; e Manicoré, no município de mesmo nome. Todas essas turmas encontram-se em desenvolvimento, em diferentes etapas.
Em 2018, houve a formatura das turmas Sateré-Mawé e Munduruku, que colaram grau, respectivamente, nos meses de outubro e novembro. Na turma Munduruku, 45 alunos concluíram o curso e, na turma Sateré Mawé, 33 alunos colaram grau até o presente.
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